
Veruska Estrela
Professora do Rhema Brasil
Estava pensando esses dias nesse assunto: Quanto vale uma pessoa? Qual é o valor que damos a alguém com quem convivemos direta ou indiretamente? O que valoriza uma pessoa para nós?
O que faz uma pessoa ter prestígio diante de nós? O que faz crescer o seu valor diante de nossos olhos? O que nos leva a estimar alguém?
Sei que nós, cristãos, quando ouvimos essa pergunta sobre o valor de uma pessoa, rapidamente pensamos e respondemos que uma pessoa vale preço de Sangue, do próprio sangue de Jesus.
Mas será que na pratica é esse o valor que damos a uma pessoa?
Sabe, querido leitor, tenho visto muitos comportamentos interesseiros entre pessoas. Elas decidem se relacionar bem apenas com quem pode lhes oferecer algo em troca.
As pessoas não escolhem mais suas companhias, com quem vão dividir suas vidas, pelos princípios, pelo caráter ou coisas assim. Elas fazem suas escolhas baseadas no que as pessoas podem lhes oferecer.
E diante de tudo isso eu fico a pensar e me questionar: Mas o valor de uma pessoa não deveria estar no que ela é de fato? O valor de alguém não devia ser medido pelo que ela é por dentro, já que somos de fato o que somos por dentro? Ao invés de medirmos alguém pelo que ela possui.
Quantas vezes pararíamos para desenvolver um relacionamento, uma amizade pelo que uma pessoa é por dentro? Quanto nos importa uma pessoa que aparentemente não tem nada a nos oferecer?
Que troca pode haver em relacionamentos baseados no que um pode oferecer de vantagens ao outro? Que grau de sinceridade há em um relacionamento assim?
Porque me parece que em relacionamentos assim, a partir do momento em que uma pessoa não pode mais oferecer algo para a outra, ela perde o seu valor e a sua importância.
Que honra há nisso? Que prestigio há para alguém que escolhemos para ser nosso amigo apenas pelo que pode nos oferece.
Talvez você esteja lendo tudo isso e pensando que isso é horrível e que o mundo está cheio disso. E é verdade! Isso é horrível, é feio. Porém, não só o mundo, mas também as igrejas, infelizmente, estão cheia desse tipo de comportamento.
Acompanhe o meu raciocínio e pense um pouco como você ou alguém reage a uma pessoa que se aproxima de você com um presente, um favor ou até uma oferta.
Agora, por favor, responda para si mesmo se as ua reação a uma atitude assim não é, geralmente, totalmente positiva? Se não é de aceitação imediata, apenas porque uma pessoa lhe deu algo, quando algumas vezes, na verdade, você nem conhece muito dela.
Mas, já que ela deu algo ou ofereceu um beneficio para a sua vida, rapidamente você se abre sem reservas para essa pessoa.
Por que eu estou escrevendo sobre isso? Primeiro, para refletirmos juntos sobre isso e examinarmos o nosso procedimento.
Segundo, para termos o cuidado de não cair nesse erro e sim de valorizarmos as pessoas como Cristo faria. Para darmos o valor devido a cada indivíduo, não pelo que ele pode nos oferecer, mas pelo que elas são de verdade. Isto porque, afinal, não deveríamos estar a venda.
Assim, não desperdiçaremos pérolas preciosas dentro das pessoas, viveremos como Cristo e não sofreremos por acreditar em alguém que nos deu algo, mas que é vazio de valores.
Ponha os seus olhos e o seu coração nas coisas certas e dê as pessoas o verdadeiro valor que elas têm.
Valorize uma pessoa que, por exemplo, não pode lhe dar um presente no momento, que não pode pagar a conta no restaurante para você, ou que não tem dinheiro para lhe ofertar. Mas, que essa pessoa tenha valores preciosos para compartilhar com você e enriquecer sua vida: “Coisas que o dinheiro não compra”.
O dinheiro ou as coisas não podem comprar ou pagar pelo valor de uma pessoa. Nós somos melhores do que isso, valemos mais do que isso.
Você e cada pessoa valem o sangue de Cristo. Então, que possamos dar a cada pessoa seu valor devido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário